1 Um estilo apostólico participativo, caracterizado pela emergência e animação de instâncias de compromisso e colaboração entre aqueles a quem servimos, que valoriza o serviço da autoridade do ministro e da própria atividade apostólica como um serviço ao povo de Deus. Não somos proprietários, mas servidores das pessoas e obras. Em particular, destacamos neste estilo participatívo de nossa missão a existência de equipes de trabalho em diversas áreas, tais como a equipe pastoral, os conselhos de pastoral, os conselhos administrativos, equipes que freqüentemente são uma manifestação de um estilo de liderança comunitária e participatíva. Nossa condição de religiosos nos convida a ter um cuidado especial em buscar formas adequadas de comunhão co-responsável, como também formas comunitárias que enfatizem uma comunidade em missão comum.

2. Um estilo apostólico planejado, que anime os individuos, grupos, comunidades e instituições a crescer numa capacidade adulta de: 1) análise da realidade em que vivemos, 2) planejamento e programação da ação e 3) a avaliação das atividades que realizam. Nosso estilo apostólico pode promover caminhos de aprendizagem e auto-responsabilidade através do planejamento e programação conjunta. Estes processos motivam e impulsionam o compromisso dos que estão envolvidos na missão e geram uma orientação comum na missão. Essa orientação se converte, de certo modo, numa autoridade para o grupo e instituição: é o valor próprio das decisões, planos e programas.

3. Um estilo apostólico coordenado, que determina canais para manter e incentivar os acordos da comunidade ou organização e sua realização. Um estilo com diversos modos e meios de motivação dos participaites, que recorda as decisões e acordos feitos e gera momentos comuns de renovação e de intercárvtIo (Jesus reuniu os doze, depois os enviou a proclamar o Reino de Deus e restaura a saúde das pessoas. Ao voltar, os apóstolos contaram a Jesus tudo o que tinham feito. Ele os tomou consigo para estar a sõs com eles. Lc 9:1-2, 10). Os projetos apostólicos que incluem a análise da realidade, o planejamento e a avaliação, requerem esse cuidado e atenção, durante todo o processo, para evitar que se transforme em mero papel ou boas intenções, sem um impacto real na realidade.

4. Um estilo apostólico diversificado, de acordo com os destinatados e os condicionamentos de nossa ação evangelizadora, que privilegia os pobres e sofredores, como também os diversos lideres. Neste sentido, ressaltamos a conveniência de gerar diversos ministérios leigos que contribuam para o desenvolvimento da missão, tanto "ad intra" como "ad extra' da comunidade ou organização. Em muitos setores e comunidades é já freqüente esta diversificação da ação apostólica, de acordo com as características próprias do lugar e ação. Referimo-nos assim a uma pastoral da juventude, a uma pastoral catequética, a uma pastoral da liturgia, a uma pastoral familiar, a uma pastoral solidária, a uma pastoral missionária, a uma pastoral dos enfermos, e assim por diante. Na mesma linha, para dentro de todas as nossas presenças e serviços apostólicos, nos parece necessário sublinhar a importância e a preocupação com uma adequada pastoral da vocação cristã em suas diversas vertentes, pastoral realizada pela Igreja e para o bem da Igreja.

5. Um estilo apostólico formativo, convincente, que se orienta principalmente a anunciar o Evangelho e a incentivar a fé do povo, mais que a administrar uma atividade ou organização. Por isso, os principais meios formativos são a força da palavra e o testemunho da ação. Referimo-nos a um estilo formativo e persuasivo, dois elementos complementares no desenvolvimento das pessoas e comunidades adultas na fé: os conteúdos e valores da formação conjugados com experiências e formas de interiorização. Para isso, será necessário estabelecer os meios, recursos e estruturas que favoreçam e permitam este enfoque (por exemplo: escolas de formação, jornadas de capacitação, experiências de compromisso e missão (etc.), assim como aoentuar uma formação na triplice dimensão de nosso carisma: Contemplar, viver e anunciar.

6. Um estilo apostólico de acompanhamento das pessoas e comunidades Procuramos que o nosso estilo apostólico tenha um claro acento personalizado, um estilo de relações de proximidade, escuta, aceitação e confiança; um estilo que provoque liberdade e responsabilidade e responsabilidade nas pessoas, um estilo de relações igualitárias, relações diretas e fraternas, que geram uma relação apostólica. Diante do perigo de uma pastoral despersonalizada ou excessivamente empresarial, Jesus nos recorda este traço de proximidade, conhecimento e cuidado das pessoas, quando ele fala de si mesmo como o pastor das ovelhas. Ele conhece e guia as ovelhas e, mesmo que tenha formado a poucos, os acompanhou e viveu com eles ... e o seu fermento deu frutos, Temos essa responsabilidade na hora de organizar o nosso serviço apostólico, buscar e assegura" espaços para este acompanhamento pessoal e grupal, favorecer instâncias que, de acordo com as circunstâncias, possibilitem uma atenção pessoal. Neste lugar se inscrevem, em nosso serviço apostólico, tanto o sacramento da reconciliação como o acompanhamento espiritual integral.

7. Um estilo apostólico que supere fronteiras, aberto a novos desafios e ir além dos limites que com freqüência reduzem a nossa ação. Podemos considera" de forma especial e como um sinal do que nós expressamos, uma das últimas mensagens do "Bon Póre!, quando nomeou os dois focos missionários nos tempos que começou a Congregação: Valparatso, Gambier. O "Bon Pére' viveu e morreu imaginando uma Congregação que vai além das fronteiras do mundo católico de seu tempo, que se estende por todo o mundo para anuncia a todos o amor redentor do coração de Cristo, e apresentar a Mana como um exemplo a imitar no seguimento de Jesus Vivemos num tempo em que esses valores devem encontrar novas formas de serviço. Hoje as distâncias e fronteiras não são tanto geogrâllcas, e o significado do missionário encontra um enfoque que evoluiu. Por exemplo, alguns irmãos ss.cc. estão numa missão de reevangelização dos setores descristianizados; outros irmãos ss.cc. se deslocaram em direção aos e marginalizados da sociedade; outros realizam uma verdadeira pastoral de fronteiras. Superar exclusões, ter uma atitude de abertura às novas realidades e situações, e procurar dar novas respostas orgauzacioriais com flexibilidade e criatividade é um sinal deste estilo.

(Do livro: Animación de la Vida y Misión SS.CC.)